Mesmo com a atual economia em que nosso país se encontra onde muitas empresas estão sendo assombradas pela crise, o setor de comércio eletrônico continua crescendo no Brasil.
Toda comodidade de poder comparar preços, pesquisar marcas, comprar através de um dispositivo móvel e poder receber em casa já faz parte da rotina de compras de muitos brasileiros.
Uma coisa ainda ainda preocupa muitos gestores de e-commerce: as fraudes no comércio online! O índice de fraudes no comércio eletrônico gira em torno de 1,4% (no Brasil e no mundo), variando um pouco de região para região. No primeiro trimestre de 2016, as tentativas de fraude no comércio eletrônico brasileiro aumentaram 1,32%, enquanto a média de perdas efetivas para lojas manteve o patamar do ano anterior em torno de 0,33%.
Estatísticas da fraude no e-commerce
Segundo pesquisa feita pela ClearSale, os números de fraudes cresceram de 2015 para 2016. O Sudeste vem obtendo resultados decrescentes embora seja a principal fonte de nascimento e crescimento de lojas online, já Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro tiveram um aumento em torno de 0,40%.
Ainda segundo a pesquisa, as regiões com maior concentração de fraudes são o Norte e Nordeste do Brasil, principalmente nos estados do Ceará (13,52%), Tocantins (13,42%) e Pará (7,78%). Entre os pedidos realizados no primeiro trimestre de 2016 no Ceará, 13,52% foram tentativas de fraudes.
Nas regiões Sudeste e Sul, os índices de fraude giram em torno de 3,2%. Os estados de Minas Gerais (4,65%), Rio de Janeiro (3,37%) e São Paulo (2,82%) são os que mais sofrem com fraudes no Sudeste. No Sul, os índices atingem Santa Catarina (3,74%), Paraná (3,58%) e Rio Grande do Sul (1,11%).
Os segmentos que mais sofrem com as fraudes são aparelhos e jogos para videogame (11,3%), telefone celular (9,3%) e artigos esportivos (5,6%).
Tipos de fraudes
Fraude amigável: este tipo de fraude acontece quando uma pessoa conhecida do titular do cartão realiza a compra, porém sem o consentimento dele – embora nem sempre seja de má fé. Na maioria dos casos a transação não é reconhecida, causando despesa ao lojista.
Autofraude: a fraude ocorre pelo próprio titular do cartão de crédito. Após concluir a transação e receber o produto, ele contata a administradora alegando não reconhecer o valor cobrado na fatura, propositalmente, para receber o estorno depois. É o tipo de fraude mais difícil de ser detectado, pois todos os dados são verdadeiros.
Fraude efetiva ou deliberada: é o tipo de golpe mais comum e o mais negativo para o lojista, pois é aplicado por alguém com experiência em fraude, que pode variar de uma pessoa mal intencionada ou até uma quadrilha especializada neste tipo de crime. Ela ocorre principalmente quando uma compra é efetuada em um site com dados roubados, onde nome e dados do cartão de crédito de um terceiro são utilizados sem seu conhecimento. A mercadoria é entregue no endereço escolhido pelo fraudador, porém a loja fica com o prejuízo financeiro.
Como evitar as fraudes no e-commerce
Os fraudadores estão por aí, mas a tecnologia e as técnicas estão bem evoluídas e prontas para barrar essa prática de várias formas.
A rotina de calcular o volume de fraudes e incorporar uma porcentagem desse valor ao preço de venda tem sido adotada, mas isso não é prevenção e sim apenas uma rotina de incorporação de risco, sem contar que, se o valor for alto você acaba se prejudicando e deixando de ser competitivo. Nessa quem paga o pato é o consumidor final.
A solução verdadeira está na prevenção das fraudes! Existem duas opções disponíveis: a criação de um sistema interno de análise de risco nas compras online e a terceirização dos processos de verificação e autenticação de compras. Vamos entender um pouco mais sobre elas.
Contratação de uma solução específica
Uma das opções é criar sua estrutura interna de análise de risco, que terá como função estratégica a identificação do comprador e a validação da forma de pagamento.
É preciso ser ágil e preciso, pois se a transação ficar “em análise” por muito tempo haverá o risco de cancelamento da venda. É interessante nesse caso a contratação de uma ferramenta anti-fraude desenvolvida por terceiros especializados no assunto, como a ClearSale e Fcontrol, que analisam as informações fornecidas no momento da compra, buscam sinais de fraudes e validam os dados. Quando o sistema não conclui algo satisfatório, sugere outras medidas de validação, como o contato direto com o comprador.
Terceirização da análise de risco
Embora tenha um custo um pouco mais elevado, a terceirização é muito prática, sendo interessante para quem tem uma operação menor e quer evitar lidar com essas questões.
Na terceirização do risco, são utilizados gateways de pagamento como PagSeguro, PayU (antiga BCash), PayPal, Moip e outros. Nestes casos, estes intermediadores irão receber o valor de cada venda feita no seu e-commerce por você e te liberar o crédito em conta após alguns dias, cobrando por isso uma porcentagem sobre cada transação. Caso haja alguma fraude, eles serão os responsáveis e arcarão com este prejuízo.
A terceirização com esses gateways intermediadores além de prevenir as fraudes no e-commerce ainda oferece uma maior segurança e confiabilidade para o comprador, pois garantem o direito à devolução do pagamento caso o lojista não cumpra a sua parte.
Seja como for, a segurança é um item primordial para o sucesso e rentabilidade do seu e-commerce. Avalie os prós e contras de cada solução e escolha o que se encaixa melhor no seu atual momento.
Com essa instabilidade econômica, você notou se as fraudes aumentaram também? Qual foi o método de segurança utilizado pelo seu e-commerce? Gostaríamos de saber sua opinião!