A cada dia o e-commerce ganha espaço no Brasil e atualmente podemos ver diversas lojas virtuais que já estão colhendo os frutos de anos de investimento e aprendizado aqui no país, com isso, as indústrias também começam a explorar esse novo terreno.
Em 2016, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 44,4 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 7,4% em relação aos R$ 41,3 bilhões faturados em 2015. O tíquete médio também cresceu 8% de 2015 até 2016, passando de R$ 388 para R$ 452. Esses dados otimistas são do relatório Webshoppers 35, divulgado pela Ebit, que é uma referência quando falamos sobre varejo eletrônico do país.
Com a maturação do e-commerce brasileiro, as indústrias, que são empresas de negócios tipicamente off-line, começaram a se interessar também pelo mundo digital, enxergando aí um grande potencial para o aumento de sua capilaridade e difusão de sua marca país afora.
Porém, quais são os meios que as indústrias podem percorrer para iniciarem no comércio eletrônico, fechar negócios, aumentarem a receita e diminuírem custos?
As indústrias possuem desafios tão grandes como o de qualquer loja virtual, pois atingir e conquistar um público que adquire produtos através de um e-commerce não é o mesmo que trabalhar com um público que ainda compra no formato tradicional, isso exige estratégia, investimento e tempo.
Apesar das indústrias possuírem marcas já renomadas e com grande visibilidade no mercado tradicional, elas precisam começar desde o início no meio virtual, buscando tráfego, criando sua base de leads, desenvolvendo uma forma de comunicação assertiva com o público digital, promovendo uma boa experiência de compra, etc.
Nesse contexto, o fato é que as indústrias que souberem usar sua grande visibilidade e força no mercado como um fator de vantagem em sua estratégia online, conseguirão alcançar muito mais facilmente um bom posicionamento no e-commerce.
Outro grande desafio encontrado por uma indústria que deseja entrar no e-commerce é ajustar sua política de atuação caso pretenda adotar uma abordagem B2C; se antes ela atendia no modelo B2B, agora precisará se remodelar para mudanças que podem surgir ao lidar diretamente com o consumidor final, como novos tipos de fiscalização, reestruturação do organograma e fluxograma, dentre outras.
Uma das situações delicadas que também podem vir a ocorrer quando uma indústria inicia no e-commerce é ela ser vista como “atravessadora” de seus revendedores, distribuidores e varejistas, já que ela consegue oferecer um preço muito mais competitivo para seus clientes no e-commerce. Nesse caso, pode haver um acordo diplomático entre as partes para que ambas sigam ganhando, uma vez que a indústria precisa que o varejo permaneça operando bem para continuar fazendo a distribuição seus produtos.
Diversas indústrias já começarem a colocar em prática a atuação online e já existem vários casos de sucesso como Dell (uma das pioneiras), Sony e Brastemp, que realizam operações de venda on-line para o cliente final (B2C) com volumes importantes de vendas.
Como a indústria pode dar o primeiro passo no E-commerce?
Existem 3 formas de se lançar no comércio eletrônico e todas elas tem suas vantagens e desvantagens, o que determina a escolha por uma delas é a capacidade de investimento e maturidade da indústria no cenário digital. Vamos analisar:
Opção 1. Terceirizar toda a operação
Uma tática para driblar tantos desafios seria contratando uma empresa terceirizada que atue no full-commerce, estas empresas são especializadas em comércio eletrônico e trabalham nas diferentes etapas deste novo negócio, desde o desenvolvimento da tecnologia (criação da loja, integrações, segurança), gestão operacional (recepção de pedidos, faturamento, cadastro de produtos, SAC, logística, etc.) e gestão marketing (campanhas de performance, branding, tráfego, SEO, Emails, etc). Geralmente a remuneração das agências é um percentual sobre os resultados em vendas no ecommerce.
Nem todas as indústrias possuem capital para a contratação de uma empresa que faça o full-commerce ou se sentem à vontade para delegar toda a operação, portanto surge uma segunda forma de iniciar no E-commerce.
Opção 2. Criar um departamento e internalizar a operação
Esta opção sem dúvidas é o que mais apresenta desafios, pois a indústria terá que absorver novas responsabilidades e conhecimentos. Um ecommerce bem estruturado irá demandar a contratação de profissionais para formar uma equipe multidisciplinar apta a atuar nas frentes de tecnologia, marketing, design, atendimento, operacional e logística. Os custos podem ser altos, porém é uma despesa fixa, independente dos resultados em faturamento.
Opção 3. Modelo híbrido: cada um no seu quadrado
Este formato compartilhado de responsabilidades consegue atender as necessidades de indústrias de todos os portes. Aqui o objetivo é delegar tarefas críticas que se distanciam muito do know-how da indústria ao mesmo tempo que absorve as demandas relacionadas ao operacional e atendimento ao consumidor.
O modelo híbrido deixa a indústria no controle sobre seus processos, atendimento e fica em contato direto com a performance de vendas, já que recepciona todos os pedidos e faz o processo operacional de enviá-los aos clientes.
Cabe ao parceiro contratado assumir as estratégias de marketing digital e a tecnologia do Ecommerce, mantendo a plataforma operando com estabilidade, funcionalidades e segurança.
Planejamento, ações e ajustes
Um bom planejamento é o que dará o suporte às decisões. O que faz mais sentido no momento atual e atenderá as necessidades futuras da empresa? Vamos listar algumas pontos importantes que devem estar no seu planejamento:
1. Faça uma análise do cenário atual: Faça uma avaliação sobre seus pontos fortes e pontos fracos. Avalie outras empresas que ofertam o mesmo produto, seus concorrentes e como estão posicionados em relação à preço e qualidade no serviço. Tendo clareza sobre estas questões, você conseguirá encontrar mais facilmente alguma necessidade não atendida e pode se posicionar com mais força neste ponto.
2. Definia seus objetivos: Onde quer chegar nos próximos 3 anos? Como quer estar posicionado e reconhecido no mercado? Escolha seus objetivos de forma que fortaleça ainda mais suas qualidades e pontos fortes e também atenue suas deficiências, afinal, ninguém precisa ser excelente em tudo.
3. Descreva as ações: Coloque numa planilha todas as ações que julgar necessárias para atender os objetivos traçados. Escolha um responsável para cada uma delas e defina o prazo necessário para realizar a ação.
4. Quais são os indicativos-chave de performance?: É bom ter claro e definido algum indicativo que demonstre que você atingiu cada um dos seus objetivos.
5. Mensurando e ajustando o plano: Para ter uma gestão eficiente, não fique no escuro sem saber a quantas anda o negócio, crie uma rotina para monitorar os indicativos-chave de performance (KPIs), pois são eles os responsáveis pelas futuras ações de correção na sua operação de E-commerce.
Concluindo
Indústrias de vários segmentos já perceberam que podem estar mais próximas de seus consumidores através de um e-commerce, dessa forma podem oferecer um canal direto com seus clientes e até mesmo conhecer mais profundamente seus gostos e preferências. Se ainda não está convencido e quer mais motivos para dar início no varejo online, leia também o nosso artigo com 6 ótimas razões para você começar no E-commerce.
Como pode perceber, contar com o apoio de profissionais especializados no comércio eletrônico é fundamental para garantir segurança e clareza sobre o que é tendência e inovação, e assim, conquistar a sua generosa fatia de mercado dentro e fora da internet.
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Se quiser saber mais sobre como dar seu primeiro passo no e-commerce, conte com a gente para trilhar o seu melhor caminho!