O e-commerce tem movimentado bastante o mercado nacional e já faz parte do nosso dia-a-dia. Me diga: quantas compras online você fez nos últimos 6 meses?
Estamos com o celular nas mãos praticamente o tempo todo, e com a facilidade dos smartphones, é irresistível e muito cômodo pesquisar e comprar com apenas alguns cliques. Para dar uma ideia geral de como anda este mercado, vamos falar sobre algumas estatísticas recentes do e-commerce no Brasil.
Diferentemente do que vem ocorrendo com o varejo nacional, onde mais de 80 mil lojas encerraram as atividades em 2015, os e-commerces continuam em uma constante crescente no cenário brasileiro, contabilizando 21,52% de crescimento entre 2015 e 2016, segundo pesquisa feita pela BigData Corp./PayPal sobre o “Perfil do E-commerce Brasileiro”.
Os brasileiros estão entendendo que embora estejamos em um cenário de crise, ainda há possibilidade de manter o consumo, principalmente com a oportunidade de comprar pela internet onde é possível comparar os preços e provavelmente encontrar um preço menor que o varejo tradicional.
Existem hoje em média 450 mil e-commerces ativos no Brasil, e o faturamento previsto para 2016 é de R$ 56,8 bilhões, de acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), 18% a mais que em 2015, sendo 190,9 milhões de pedidos com um ticket médio de R$ 298. Dados interessantes para encorajar os gestores!
O e-commerce hoje representa 3,3% do total de vendas do varejo, sendo liderados pelos segmentos de modas e acessórios, seguidos por eletrodomésticos e telefonias/celulares.
Valor médio de pedido
Atualmente o valor médio dos pedidos no e-commerce é de R$298, sendo que mais de 10% dos consumidores já estão bem seguros para gastar mais de R$1.000 em compras online. Veja o gráfico abaixo:
gráfico: bigdata.corp
Onde a operação está localizada
A maioria dos e-commerces são sediados em São Paulo (54,87%), Rio de Janeiro (8,48%) e Paraná (7,26%). Já os estados que utilizam mais os serviços online são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e a previsão é de que continuem sendo os maiores consumidores até 2019.
Estado | Participação em Compras ONLINE | Compras em 2015 | Compras em 2019 |
São Paulo | 44,30% | 24,7 bi | 66 bi |
Rio de Janeiro | 14,60% | 8,1 bi | 21,8 bi |
Minas Gerais | 9,50% | 5,3 bi | 14,2 bi |
Taxa de fraude
Uma coisa muito importante a ser considerada é a taxa de fraude, que ainda é um pouco alta em alguns estados Brasileiros. O índice de fraudes no comércio eletrônico no Brasil fica em torno de de 1,4% do valor total das receitas do setor, porém algumas regiões ganham destaque por estarem um pouco acima deste índice: o Sul tem o menor percentual de tentativas de fraude (2,5%), em seguida o Sudeste (3,9%) e o Centro-Oeste (5,7%), ficando nas últimas posições, estão Nordeste (7,2%) e Norte (7,7%).
A boa notícia é que os números já foram maiores e vêm apresentando queda em função do avanço tecnológico dos sistemas anti fraude!
Segurança é essencial
Os varejistas estão se esforçando cada vez mais para oferecer um pagamento mais seguro e acompanhar essa exigência que vem crescendo por parte dos consumidores online. O que comprova isso é que em 2015, 38,09% dos sites pesquisados tinham algum serviço de pagamento eletrônico seguro; agora, eles já são 41,21%!
Ah, os smartphones!
As compras derivadas de smartphones e outros eletrônicos portáteis devem representar 30% do total de pedidos em 2016 (em 2015 foi 20%), o que torna o investimento mobile ainda mais importante.
Segundo o presidente da ABComm, Maurício Salvador, o que ajudará a impulsionar este crescimento serão as facilidades e atrativos oferecidos pelos varejistas, como promoções e preços baixos como conveniência para o consumo.
Embora o número de e-commerces esteja aumentando, muito ainda não estão adaptados à essa nova realidade. Somente 16,12% das lojas online estão adequadas a dispositivos móveis, segundo a BigData Corp. É um número ainda muito pequeno e precisam se adequar o quanto antes, pois o Google tem mostrado nas primeiras páginas de buscas os sites que já estão adaptados para os celulares!
Pequenos, médios e grandes
Tem lugar e público para todos:
E-commerces de pequeno porte (que recebem até 10 mil visitantes por mês): são 92,64% do mercado (eram 88,02% em 2015);
E-commerces de médio porte (entre 10 mil e 500 mil visitantes/mês): eram 11% em 2015 e, atualmente, são 6,61% (apresentaram queda de quatro pontos percentuais de 2015 para 2016)
Grandes e-commerces (com mais de 500 mil visitantes por mês): representavam 0,98% dos e-commerces brasileiros em 2015 e, este ano, passaram a representar 0,76%.
Com estes dados, percebe-se um forte crescimento e entrada de novos e pequenos varejistas no e-commerce, o que faz com que os médios e grandes naturalmente percam uma parcela da representação no cenário nacional.
Mídias Sociais e Inbound Marketing
Cerca de 60,71% dos e-commerces brasileiros fazem uso das redes sociais para turbinar suas vendas e divulgar suas promoções, segundo o estudo da BigData Corp. O queridinho é o Facebook com 54,96%, seguido de Twitter com 35,87%, YouTube, 20,80% e Instagram com 9,32%.
Os empreendedores hoje têm adquirido mais consciência sobre o Inbound Marketing e alguns já desenvolvem conteúdo personalizado para entregar ao seu público, com o intuito de informar, dar dicas, esclarecer dúvidas, apresentar novidades e adquirir novos leads, por isso, os blogs estão sendo ferramentas indispensáveis para a conversão de vendas das lojas online!
E você, o que achou destas estatísticas? Seu e-commerce está antenado nas tendências do mercado? Quais estratégias tem usado para se destacar?
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